Em abril de 2025, o IBAMA fiscalizou psiculturas e lojas de
aquarismos em busca de peixes brilhantes que emitem
fluorescência por meio da inserção de genes de anêmonas ou
águas-vivas, o que lhes confere cores intensas e a capacidade de
brilhar quando expostos à luz ultravioleta. Esta técnica de
modificação genética foi criada pela primeira vez há mais de duas
décadas, por pesquisadores da Universidade Nacional de
Singapura, e logo se tornou popular entre aquaristas. No exterior,
o peixe é chamado GloFish, nome comercial, e pode ser
comprado até mesmo pela internet. No Brasil, a criação ou
comércio desse tipo de animal é crime, pode levar a multas e até
à prisão por dois anos, segundo uma lei federal de 2005 sobre
organismos geneticamente modificados. A proibição também
acontece em outras regiões, como em países da União Europeia.
(Texto adaptado de “A caça aos peixes modificados para 'brilhar no
escuro', que levou a multas acima de R$ 100 mil”,
BBC Brasil , Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cwy71gv2xzdo).
A proibição para a criação ou o comércio desse tipo de animal
justifica-se, uma vez que:
a) peixes geneticamente modificados podem hibridizar com
espécies nativas levando à erosão genética de populações
naturais.
b) espécies geneticamente modificadas a partir de cnidários
podem apresentar toxinas e caso ingeridas por espécies
nativas podem levá-las à extinção.
c) esses peixes brilhantes, uma vez na natureza, possuem baixo
valor adaptativo e são facilmente predados. O risco está em
doenças que eles podem transmitir.
d) a manutenção da espécie exótica pode levar à eliminação de
espécies nativas com as quais compete nos ambientes
naturais.
e) a espécie exótica pode encontrar um nicho ecológico não
explorado por espécies nativas, coexistindo com as espécies
nativas e dificultando sua erradicação.