A permanência do recém-nascido na unidade de tratamento intensivo pode dificultar a interação entre mãe e filho,
prejudicar o desenvolvimento do apego e ocasionar desordens em seu relacionamento. Em relação ao desenvolvimento das relações de apego entre mãe e seu bebê, são
possibilidades de intervenções do terapeuta ocupacional:
✂️ a) estimular a mãe a tocar seu bebê, conversar com
ele e olhá-lo no olho, orientando-a quanto ao toque
adequado e favorecendo sua percepção das necessidades da criança, além de favorecer a interação e
o apego emocional. ✂️ b) auxiliar a mãe a expressar suas dúvidas, angústias
e medos, atendendo-a em setting adequado, trabalhando o seu luto do bebê idealizado e contribuindo
para a construção simbólica do bebê real, por meio
de interpretações. ✂️ c) sensibilizar o pai quanto à necessidade de contribuir para a organização dos cuidados à casa e à
rotina, para que a chegada do bebê não sobrecarregue a mãe e para fortalecer a unidade familiar em
sua distribuição de papéis. ✂️ d) substituir procedimentos de cuidado ofertados pela
equipe, como alimentação parenteral, sonda e/ou
monitoramento, por cuidados básicos ofertados pelos
pais, como troca de fralda, banho e cuidados com a
pele ✂️ e) orientar a equipe a reorganizar o espaço de cuidado e a rotina de procedimentos, postergando
ações específicas da unidade de modo a priorizar
momentos de interação dos pais com o bebê.