O adoecimento e a hospitalização demandam diferentes intervenções, por vezes inesperadas e desconhecidas pelo paciente, havendo intensificação do sofrimento
quando ocorrem procedimentos invasivos. Nesse contexto, o terapeuta ocupacional
✂️ a) busca avaliar as rupturas provocadas pelo processo
de internação, como o afastamento do trabalho e o
consequente comprometimento financeiro, e propõe
intervenções que promovam resiliência e ganhos
materiais, como oficinas de geração de renda. ✂️ b) contribui para estabelecer relações entre as condições apresentadas e as alterações no desempenho
ocupacional; para tanto, o profissional deve conhecer uma ampla diversidade de diagnósticos, bem
como a heterogeneidade dos sintomas com os quais
irá lidar em suas intervenções. ✂️ c) dirige sua atuação ao sofrimento provocado
pelas mudanças dos papéis ocupacionais a partir
do adoecimento e, em parceria com psicólogo e
psiquiatra, oferece escuta, psicotrópicos e suporte emocional aos familiares, como estratégias de
superação desse sofrimento. ✂️ d) auxilia o paciente no confronto entre sua condição
atual e sua vida ativa e independente, anterior à hospitalização, promovendo oportunidades de reconhecimento da condição de objeto de cuidados em que
se encontra, e reforçando como protetivas as restrições vividas no momento. ✂️ e) favorece a adesão ao tratamento na medida em que
oferta atividades expressivas, como uso de argila e
colagens, para externalizar sentimentos como ambivalência, ansiedade, angústia, raiva, culpas, medo,
tristeza, desvalia, fragilidade e impotência.