Um professor de Sociologia propôs, como atividade didática, uma
roda de conversa para pensar sobre diferentes visões de mundo.
Para isso, selecionou a leitura e o debate do seguinte trecho
escrito por Ailton Krenak na pandemia de coronavírus.
Essa dor talvez ajude as pessoas a responder se somos de fato uma
humanidade. Nós nos acostumamos com essa ideia, que foi
naturalizada, mas ninguém mais presta atenção no verdadeiro
sentido do que é ser humano. De modo que há uma subhumanidade que vive numa grande miséria, sem chance de sair
dela – e isso também foi naturalizado. É terrível o que está
acontecendo, mas a sociedade precisa entender que não somos o
sal da terra. Temos que abandonar o antropocentrismo; há muita
vida além da gente, não fazemos falta na biodiversidade. Desde
pequenos, aprendemos que há listas de espécies em extinção.
Enquanto essas listas aumentam, os humanos proliferam,
destruindo florestas, rios e animais. Somos piores que a COVID-19.
Esse pacote chamado humanidade vai sendo deslocado de
maneira absoluta desse organismo que é a Terra, vivendo numa
abstração civilizatória que suprime a diversidade, nega a
pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos. Adaptado de: KRENAK , Ailton. O amanhã não está à venda . São Paulo:
Companhia das Letras, 2020, pp. 5-6.
Analise as afirmativas a seguir sobre as habilidades desenvolvidas
como resultado dessa atividade.
I. Identificar a relação entre fenômenos sociais e contextos
históricos: princípio da desnaturalização.
II. Diferenciar a abordagem sociológica do senso comum:
princípio do estranhamento.
III. Identificar, analisar e discutir as circunstâncias sociais,
políticas, e culturais da emergência de matrizes conceituais
hegemônicas.
Está correto o que se afirma em
✂️ a) I, apenas. ✂️ b) I e II, apenas. ✂️ c) I e III, apenas. ✂️ d) II e III, apenas. ✂️ e) I, II e III.