Numa aula sobre a configuração da sociedade colonial brasileira
o professor oferece aos estudantes um texto clássico do
historiador Caio Prado Jr.
“Esta massa de escravos, índios ou negros, constituía a maior
parte da população colonial. (...). Ao lado de pequenos
proprietários encontramos o tipo mais comum dos agregados .
São estes os indivíduos – em geral escravos libertos ou mestiços
espúrios - que vivem nos grandes domínios prestando aos
senhores toda sorte de serviços: guarda da propriedade,
mensageiro, etc. Entre eles figuram também os rendeiros, que
pagam seus aluguéis em dinheiro ou mais comumente em
produtos naturais ou em serviços. A situação destes rendeiros é a
mais precária possível. Raramente se faziam contratos escritos, e
mesmo não havia autoridades para os sancionar. Na propriedade
quem domina incontrastavelmente é o senhor. Todos os que se
fixam em suas terras cedem, em troca da gleba que cultivam para
seu sustento e da proteção que lhes outorga o senhor contra
outros mandões do sertão ou a própria Justiça, praticamente,
toda a liberdade”. PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil e outros estudos . São Paulo:
Editora Brasiliense, 1953 (texto adaptado).
A partir da leitura do excerto desse historiador, os estudantes
devem ser instados a interpretarem a estrutura de classes que
compunha a sociedade colonial e suas interrelações de
dependência. Dessa atividade, resulta a compreensão de que
✂️ a) a sociedade colonial era formada por três classes: os
senhores, os escravizados e os agregados (e dentre estes, os
rendeiros) que, cada um a seu modo, dependiam dos
interesses e das necessidades dos senhores. ✂️ b) os senhores e os agregados não tinham obstáculos às suas
necessidades e vontades, ao passo que os escravos eram
privados de qualquer liberdade. ✂️ c) A localização de rodoviárias e estradas. ✂️ d) As relações entre comércio e serviço. ✂️ e) As redes de transporte e comunicação.