Um paciente de 52 anos foi encaminhando para o ambulatório de
pneumologia com o diagnóstico de asma grave. Após anamnese
detalhada, verificou-se que se tratava de um paciente com início
dos sintomas de asma na idade adulta, negando, desta forma,
asma na infância. Negou rinite alérgica e tabagismo. Trabalhava
com isocianato há 30 anos em uma fábrica de plástico, com início
dos sintomas nos últimos 10 anos. Ao exame, apresentava sibilos
difusos. Tem feito uso apenas de salbutamol spray 8 vezes ao dia.
Paciente já trouxe diversos exames na consulta, como tomografia
computadorizada do tórax sem alterações e espirometria com
CVF% 84%, VEF1/CVF: 58 e VEF1% 60%. Resposta
broncodilatadora presente.
Considerando-se a história laboral associada aos achados clínicos,
radiológicos e funcionais, a suspeita diagnóstica seria de:
✂️ a) asma grave, pois o paciente faz uso de salbutamol mais do
que 5 vezes por dia; ✂️ b) provavelmente asma ocupacional, por se tratar de paciente
de início tardio e longo tempo de exposição aos isocianatos; ✂️ c) asma grave, pois além do uso frequente de salbutamol spray
apresenta distúrbio ventilatório obstrutivo grave; ✂️ d) doença pulmonar obstrutiva crônica devido ao histórico de
exposição ao isocianato; ✂️ e) asma grave, pois a relação VEF1/CVF é menor que 70%.