Um paciente de 68 anos de idade, hipertensa de longa data, foi
diagnosticada com leucemia linfocítica crônica a partir dos
resultados de um hemograma de rotina. Três meses depois,
procurou o seu médico devido a astenia e dispneia intensas, com
instabilidade hemodinâmica; o hemograma mostrava anemia
grave (2,5 g/dL de hemoglobina). O quadro era compatível com
anemia hemolítica autoimune (AHAI), com teste direto da
antiglobulina positivo. O médico-assistente internou a paciente,
iniciou corticosteroide em altas doses (pulsoterapia) e prescreveu
transfusão urgente de concentrado de hemácias. O serviço de
hemoterapia informou, após realizar as provas de
compatibilidade pré-transfusionais, que não havia hemácias
compatíveis para a transfusão.
A decisão a ser tomada, em relação à transfusão, é:
✂️ a) não transfundir até que cesse a produção do autoanticorpo e
haja sangue compatível; ✂️ b) transfundir hemácias O negativo após excluir a presença de
aloanticorpos; ✂️ c) transfundir apenas se for possível conseguir bolsas de
hemácias Rh nulo (Rh null); ✂️ d) utilizar ferro injetável de ação rápida e eritropoietina para
apressar a correção da anemia; ✂️ e) Retirar o autoanticorpo por plasmaférese para só então
realizar o procedimento transfusional.