Os debates a respeito da definição do objeto de estudo em comunicação frequentemente oscilam entre duas posturas extremas: de um lado, a visão que reduz o fenômeno comunicacional a determinados equipamentos ou meios; de outro, a ideia de que praticamente tudo seria comunicação, diluindo seu significado em excesso de abrangência. Ao mesmo tempo, existe uma perspectiva que valoriza os processos e as relações simbólicas entre indivíduos, vendo a comunicação como algo que atravessa toda a vida social, mas sem cair no “tudo é comunicação”. Nesse contexto, surgem questionamentos sobre como melhor delimitar o fenômeno, de modo que ele não seja nem encarado apenas como ferramenta tecnológica ou atividade profissional, nem como um conceito tão amplo que perca seu poder explicativo. A respeito da maneira de conceituar o objeto da comunicação, assinale a alternativa que melhor sintetiza uma visão que evite tanto a simplificação quanto a generalização excessiva.
✂️ a) Concentrar-se exclusivamente nos dispositivos tecnológicos de difusão de mensagens, pois eles são a manifestação mais concreta do fenômeno comunicacional. ✂️ b) Definir o objeto com base apenas na evolução histórica dos sistemas de mídia, pois é a transformação desses sistemas que garante identidade à área de comunicação. ✂️ c) Afirmar que qualquer prática humana é comunicação, sem a necessidade de recortes ou delimitações, dado que todos os processos sociais podem ser compreendidos como troca simbólica. ✂️ d) Compreender o fenômeno comunicacional como processos e práticas de interação que criam vínculos sociais e significados, considerando tanto as formas empíricas quanto o modo de recortá-las conceitualmente.