O gerenciamento de riscos regulatórios demanda uma
abordagem estruturada e responsiva, sobretudo em cenários de
crise sistêmica como emergências sanitárias, nas quais a
manutenção da estabilidade institucional e da continuidade
regulatória se torna ainda mais desafiadora. Nesses contextos, é
imperativo que as agências reguladoras adotem mecanismos
dinâmicos de governança de riscos, capazes de identificar
ameaças emergentes, avaliar sua criticidade e implementar ações
mitigadoras alinhadas à missão institucional e à proteção do
interesse público.
Considerando essa perspectiva, uma prática compatível com a
boa governança regulatória em situações excepcionais é:
✂️ a) designar uma equipe ad hoc para fazer monitoramento
in loco, agendando a análise documental para fase oportuna; ✂️ b) determinar a suspensão das ações administrativas, como
medida preventiva de exposição dos agentes a riscos
sanitários; ✂️ c) adotar conduta de espera da normalização do contexto, de
modo a evitar decisões que possam gerar precedentes
regulatórios e jurídicos instáveis; ✂️ d) operacionalizar plano de gestão de riscos emergenciais, com
previsão de medidas de contingência e protocolos de
resposta rápida baseados em critérios de criticidade; ✂️ e) mitigar fluxos de comunicação institucional com os entes
regulados, de modo a preservar a autonomia técnica da
agência e evitar pressões externas durante a crise.