No ensaio introdutório desta obra, Ciro Flamarion
Cardoso apresenta o quadro epistemológico geral em
que se inserem os vários territórios do historiador e
os campos de investigação contemplados neste livro,
suas potencialidades, dilemas e impasses. Ao fazer um
balanço geral da historiografia nos últimos 40 ou 50 anos,
Cardoso identificou com nitidez dois grandes paradigmas: o iluminista, partidário de uma história científica e
racional e, portanto, convencido da existência de uma
realidade social global a ser historicamente explicada.
(Ronaldo Vainfas, Caminhos e descaminhos da História.
Em: Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas,
Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Adaptado)
O segundo paradigma, que completa a ideia exposta no
excerto, o pós-moderno, mostra-se
✂️ a) entusiasmado com a retomada de uma prática historiográfica voltada ao uso preferencial de documentos
escritos e oficiais. ✂️ b) preocupado com a epistemologia da História, com o
intuito de construir um conhecimento histórico sem a
utilização de conceitos exógenos. ✂️ c) atento ao resgate de uma História Política tradicional, com narrativas que apresentem as grandes lideranças nacionais ao longo dos últimos séculos. ✂️ d) cético em relação a explicações globalizantes e tendente a enfatizar, em maior ou menor grau, as representações construídas historicamente. ✂️ e) propenso a compreender a História como a única
Ciência Humana capaz de analisar as perspectivas
humanas em relação ao desenvolvimento tecnológico.