A segunda grande diretriz da política econômica do Estado, ao longo das décadas de 1930 e 1940, foi a definição
de um novo papel para a agricultura. O Estado procurou
transformar a agricultura de alimentos em coadjuvante do
processo de industrialização, incentivando a expansão
de fronteiras agrícolas que produzissem gêneros básicos
a baixos preços. Combinando o acesso a terras novas
com sua ocupação por trabalhadores integrados a regimes de trabalho não capitalistas, tais frentes geravam um
excedente temporário de arroz, feijão ou milho que, por
sua barateza, contribuíam para o rebaixamento do custo
de reprodução da força de trabalho urbana.
(Sonia R. de Mendonça. “As bases do desenvolvimento capitalista
dependente: da industrialização restringida à internacionalização”.
Em: Maria Yedda Linhares (Org.). História geral do Brasil . Adaptado) De acordo com a autora, considerando o contexto
apresentado pelo fragmento, a diretriz descrita
✂️ a) possibilitou a formação de um proletariado rural que
passou a organizar-se na reivindicação de direitos
trabalhistas e reforma agrária. ✂️ b) propiciou a organização do Estado para a reestruturação tributária, criando fundos específicos para
driblar a dependência de capitais externos. ✂️ c) modificou a estrutura fundiária brasileira, promovendo a perda do poder político da aristocracia rural, em
razão do avanço da burguesia industrial. ✂️ d) foi essencial para beneficiar tanto o capital privado
industrial quanto a manutenção da estrutura agrária
e suas formas de propriedade. ✂️ e) tinha como finalidade priorizar o desenvolvimento
do setor agrícola, em detrimento do industrial, para
assegurar o equilíbrio da balança comercial do Brasil.