A fusão das telecomunicações, da informática, da imprensa, da
edição, da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos em uma
indústria unificada da multimídia é o aspecto da revolução digital que os jornalistas mais enfatizam. Mas não é o único, nem
talvez o mais importante. Escolhas políticas e culturais fundamentais abrem-se diante dos governos, dos grandes atores
econômicos, dos cidadãos. Não se trata apenas de raciocinar em
termos de impacto (qual o impacto das “infovias” na vida política, econômica ou cultural?), mas também em termos de projeto (com que objetivo queremos desenvolver as redes digitais
de comunicação interativa?).
(LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. 4.
ed. São Paulo: Loyola, 2003. p. 13. Adaptado.)
As preocupações sociológicas e filosóficas com as questões relacionadas à expansão e dominação que as mídias impunham, já
era uma das pautas dos filósofos da Escola de Frankfurt , cujas
reflexões ainda orientam estudos até hoje. Foi nessa escola
filosófica que surgiu o termo “indústria cultural”, dentre outros.
São ideias de seus representantes:
✂️ a) Jürgen Habermas faz parte da segunda geração da Escola
de Frankfurt e seus trabalhos analisam as relações entre
política, comunicação, linguagem e discursos. ✂️ b) Max Horkheimer é o mais famoso deles; seus estudos se dedicam a apontar as relações entre capitalismo e sexualidade, bem
como as questões envolvendo pureza racial e exclusão social. ✂️ c) Herbert Marcuse foi defensor da educação como forma de
emancipação do sujeito, que, para ele, deve se isolar totalmente dos meios de comunicação de massa para ir em busca
de si mesmo. ✂️ d) Theodor W. Adorno , com suas reflexões que utilizam bases
do pensamento marxista aliadas a elementos da psicanálise,
analisa as relações sociais e a família como elementos que
impedem a formação da pessoa.