[...] Por isso, se não já um Estado controlando e reprimindo, fazer a guerra contra os outros é a atitude mais racional que eu
posso adotar (é preciso enfatizar esse ponto, para ninguém pensar que o “homem lobo do homem”, em guerra contra todos,
é um anormal; suas ações e cálculos são os únicos racionais, no estado de natureza) […] O que Hobbes pede é um exame de
consciência: “conhece-te a ti mesmo”. Estamos carregados de preconceitos, acha Hobbes, que vêm basicamente de Aristóteles e da filosofia escolástica medieval. Mas o mito de que o homem é sociável por natureza nos impede de identificar onde
está o conflito, e de contê-lo. A política só será uma ciência se soubermos como o homem é de fato, e não na ilusão; e só
com a ciência política será possível construirmos Estados que sustentem, em vez de tornarem permanente a guerra civil.
(WEFFORT, 2001, p. 55-58 .) Thomas Hobbes, um filósofo, teórico político e matemático inglês, foi considerado um dos principais expoentes do pensamento contratualista na filosofia política. Segundo esse filósofo:
✂️ a) O Estado deveria ser absoluto e forte, pois, somente assim, pode impor o respeito para evitar a barbárie. ✂️ b) A liberdade e a igualdade devem preponderar sobre qualquer outro valor, tendo em vista os moldes entendidos na
Revolução Francesa. ✂️ c) No Estado absolutista, em lugar da proteção do rei aos súditos, deve existir a proteção dos súditos ao senhor, fundamentada na coerção e no medo. ✂️ d) O homem participa de forma inócua da sua condição, de seu destino, sendo Deus, acima de todos e acima do Estado, o
grande artífice de sua realidade.