No texto “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o
intelectual de virtù”, a autora Maria Tereza Sadek explica um aspecto da filosofia de Maquiavel ao afirmar que
“A história é cíclica, repete-se indefinidamente, já que
não há meios absolutos para ‘domesticar’ a natureza
humana. (…) O poder político tem, pois, uma origem
mundana. Nasce da própria ‘malignidade’ que é intrínseca à natureza humana e aparece como a única possibilidade de enfrentar o conflito, ainda que qualquer
forma de ‘domesticação’ seja precária e transitória”.
A partir do excerto, em Maquiavel, é apresentada uma
mudança histórica na concepção política,
✂️ a) superando visões teológicas ou naturalistas que atribuem ao poder político origem divina ou harmonia
natural ao poder. ✂️ b) alinhando-se à ideia platônica de que o poder político
deve ser exercido pelos mais sábios, segundo princípios racionais e transcendentes. ✂️ c) aproximando-se da concepção agostiniana de que
o poder político é uma punição divina, necessária
devido ao pecado original. ✂️ d) retomando a ideia tomista de que o poder político
é reflexo da ordem divina e natural, guiado pela lei
eterna. ✂️ e) reafirmando a noção aristotélica de que o poder político está subordinado à busca pelo bem comum e
à virtude moral.