Em fevereiro de 1978, no Rio de Janeiro, foi fundado o
primeiro Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA). E o que até
então se apresentava como uma medida de justiça restaurativa se transformou numa afirmativa de direitos – a
“face imprescindível das liberdades democráticas”, sublinhou a Carta de Princípios do CBA paulista, criado em
maio de 1978.  
Os CBAs foram a senha para o início de um movimento memorável – a campanha pela anistia ampla, geral
e irrestrita –, que unificou as forças de oposição, reuniu
artistas e intelectuais, ganhou a opinião pública, e transbordou para a rua em passeatas, comícios e atos públicos.  
(Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling,
  Brasil: uma biografia , p. 479)
  A Lei da Anistia de agosto de 1979 foi
  ✂️         a) de Iniciativa Popular, a partir das lideranças da OAB
e da CNBB, aprovada apenas com os votos da oposição ao governo federal, permitindo a imediata
liberdade de todos os presos políticos, assim como
a legalização dos partidos comunistas e das centrais
sindicais.      ✂️         b) enviada pelo presidente da República ao Congresso
e teve como resultado a volta de exilados e a libertação de presos políticos e, ao mesmo tempo, não permitiu a responsabilização individual dos coautores
dos crimes praticados pelo Estado durante o regime
autoritário.      ✂️         c) derivada de uma emenda constitucional proposta
pelos deputados e senadores do MDB, com o apoio
de alguns parlamentares da ARENA, e garantiu uma
anistia política a todas as forças políticas, com exceção dos militantes ligados aos grupos clandestinos
de esquerda.      ✂️         d) proposta pelo ministro da Justiça e aprovada depois
de exaustivas negociações com os parlamentares da
ARENA, que não aceitavam que as principais lideranças antes da ruptura institucional de 1964 fossem
anistiadas e tivessem os seus direitos políticos reestabelecidos.      ✂️         e) produto de uma longa negociação entre as lideranças da ARENA e do MDB e, com a forte oposição das
principais centrais sindicais, resultou numa lei bem
abrangente, que permitiu que os cargos políticos e
administrativos exercidos antes de 1964 fossem imediatamente reassumidos.