Os dois lados viram-se comprometidos com uma insana corrida armamentista para a mútua destruição. Os dois também se viram comprometidos com o que o presidente em fim de mandato, Eisenhower, chamou de “complexo industrial-militar”, ou seja, o crescimento cada vez maior de homens e recursos que viviam da preparação da guerra. Mais do que nunca, esse era um interesse estabelecido em tempos de paz estável entre as potências. Como era de se esperar, os dois complexos industrial-militares eram estimulados por seus governos a usar sua capacidade excedente para atrair e armar aliados e clientes, e conquistar lucrativos mercados de exportação, enquanto reservavam apenas para si os armamentos mais atualizados e, claro, suas armas nucleares. (Eric Hobsbawm. Era dos extremos – O breve século XX – 1914-1991.São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 233. Adaptado) O historiador refere-se à situação da política internacional que resultou, em grande medida, da Segunda Guerra Mundial, e que pode ser definida como a:
✂️ a) democratização do uso de armas nucleares, o que tornou possível o seu emprego por pequenos grupos de guerrilheiros. ✂️ b) existência de equilíbrio nuclear entre as maiores potências, somada à grande corrida armamentista. ✂️ c) expansão da ideologia da paz armada, que estimulou as potências a equiparem os países pobres com armas nucleares. ✂️ d) predominância de uma potência nuclear em escala global, que interfere militarmente nos países subdesenvolvidos. ✂️ e) formação de uma associação internacional de potências nucleares, que garantiu uma paz duradoura entre os países.