Em finais do século XIX, com o fortalecimento do movimento abolicionista e as críticas crescentes à monarquia, uma série de modelos e teorias começavam a chegar no Brasil. Positivismo, evolucionismo, determinismos e darwinismo social transformavam-se em instrumentos de batalha nas mãos das novas elites intelectuais. SCHWARCZ, L. M. Racismo à brasileira. Apud: CODATO, A.; LEITE, F. Classe Social. In: ALMEIDA, H. B.; SZW AKO, J. (Orgs.). Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009. A respeito do uso das teorias mencionadas no texto como instrumentos de batalha intelectual em finais do século XIX no Brasil, conclui-se que
✂️ a) preponderou a perspectiva liberal europeia, que orientou a instauração da República e a defesa dos princípios de igualdade e cidadania. ✂️ b) o tema do branqueamento racial favoreceu o movimento de instauração da República e dos princípios de igualdade, liberdade e cidadania. ✂️ c) a mobilização do positivismo, evolucionismo e darwinismo pelas elites intelectuais do período permitiu a superação da naturalização das diferenças sociais presente no senso comum. ✂️ d) a ênfase dada à interpretação racial na formação da nação brasileira e na leitura sobre suas potencialidades futuras teve como consequência a desqualificação de temas como a cidadania e a igualdade social. ✂️ e) a formação de uma elite de médicos e juristas, e o avanço das instituições e do Estado formal possibilitaram a superação das concepções racistas e dos dilemas sobre o futuro de uma nação formada por uma população miscigenada.