No Brasil, as primeiras notícias das lutas operárias remontam a 1858, quando tipógrafos do Rio de Janeiro entraram em greve reivindicando aumento de salário. Mas, sabemos que a organização operária e sindical ganhou força no Brasil pela primeira vez durante a República Velha. Acerca das organizações de trabalhadores nos primeiros anos do século XX, não podemos afirmar que:
✂️ a) durante a Primeira República, começaram a se desenvolver as classes médias urbanas, assim como a classe operária, que cresceu extraordinariamente à medida que a industrialização se expandiu. ✂️ b) nas cidades que concentravam a maior parte das indústrias ( São Paulo e Rio de Janeiro), cerca de 50% dos operários eram imigrantes europeus, como portugueses, italianos, espanhóis ou seus descendentes. ✂️ c) as condições de trabalho eram bastante precárias e não havia leis regulamentando a relação patrões–empregados. As jornadas de trabalho eram muito longas; não havia férias, aposentadoria ou descanso semanal remunerado; não havia proteção para o trabalho de mulheres e crianças; muitas fábricas tinham o ambiente insalubre. ✂️ d) os operários procuraram se organizar para defender seus interesses, criando associações de auxílio mútuo, fundando jornais e sindicatos, reunindo–se em congressos. Houve também muitas greves nas cidades que concentravam o maior número de indústrias. A maior delas ocorreu em São Paulo, em 1917, envolvendo cerca de 45.000 trabalhadores e paralisando a cidade por vários dias. ✂️ e) durante a Primeira República os movimentos eram tratados pelas autoridades como "casos de polícia". Os sindicatos eram fechados, as lideranças eram presas ou expulsas do país, caso fossem imigrantes. Essa repressão impediu o nascimento de partidos de esquerda, como o Partido Comunista e o Partido Socialista, que só surgiram décadas depois.