Ao elaborar algumas reflexões didáticas contemporâneas sobre a dança na escola, Marques (2007) afirma que “tanto o corpo quanto a dança ainda estão cobertos por um mistério, um buraco negro que a grande maioria da população escolar ainda não conseguiu investigar, explorar, perceber, sentir, entender e criticar”. Segundo a referida autora, em sua obra “Dançando na escola”, qual o principal motivo que impede um desenvolvimento mais efetivo da dança como componente curricular efetivo na/da escola?
a) Há um entendimento teórico-prático em relação à dança, sem que haja uma análise corporal crítica e, portanto, aceitação e valorização baseadas na experiência.
b) A escola pode e deve, sim, fornecer parâmetros para sistematização e apropriação crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e, portanto, da sociedade. A escola tem o papel de construir conhecimento por meio da dança, pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial para a educação do ser social.
c) Embora não se aceite, o preconceito em relação à dança e à arte ainda é muito grande. As gerações que não tiveram dança na escola muitas vezes não conseguem entender seu significado e sentido no contexto educacional. Na grande maioria dos casos, professores não sabem exatamente o que, como ou até mesmo porque ensinar a dança.
d) Muitas vezes vista como elitista, as fontes de inspiração para as aulas podem variar, de acordo com o projeto da escola e os interesses da turma, o comportamento dos animais e os fenômenos da natureza, por exemplo, rendendo boas atividades. As salas precisam ter espelhos, como as dos grandes centros de dança: ser limpa, bem iluminada e ventilada. Para a aula ser produtiva e agradável, os alunos precisam usar roupas leves e confortáveis, apropriadas ao ensino da dança, como em qualquer esporte, que necessita do mínimo de recursos para existir.