A História não escapa à mudança, e é por isso que gerações de historiadores que se sucedem não se parecem: o historiador é de um tempo e se determina por referência dos postulados de uma época. A História Política experimentou um retorno, apesar de ter sido lançada em descrédito a partir do desenvolvimento da história econômica e social. Entre as críticas que eram feitas à História Política, podemos destacar:
✂️ a) A valorização dos acidentes e circunstâncias mais superficiais, esgotando-se na análise das crises ministeriais e privilegiando as rupturas de continuidade, um exemplo da história factual, que se esquece de vincular os acontecimentos às suas causas profundas. ✂️ b) Desejosa de ir ao fundo das coisas, a consideração as estruturas duráveis mais reais e determinantes que os acidentes de conjunturas; seus pressupostos eram que os comportamentos coletivos tinham mais importância para o curso da História que as iniciativas individuais. ✂️ c) Ao privilegiar o particular, o nacional, a História Política possibilitava as comparações no espaço e no tempo e favorecia as generalizações e sínteses na análise da longa duração. ✂️ d) O impulsionamento por pontos de apoio de uma ideologia dominante que estava em harmonia com a difusão do socialismo e dirigia um olhar atento às massas em um movimento de compaixão pelos esquecidos da história, que eram responsáveis pelo crescimento da economia. ✂️ e) Em virtude da pouca atenção atribuída às questões de cunho inconsciente lançadas por Sigmund Freud e que reforçavam que as pulsões individuais eram o movimento da História juntamente com a luta de classes, a história como resultado um processo econômico.