De um lado, na sua estrutura, um organismo meramente produtor, e constituído só para isto: um pequeno número de
empresários dirigentes que senhoreiam tudo, e a grande massa da população que lhe serve de mão de obra. Doutro lado, no
funcionamento, um fornecedor do comércio internacional dos gêneros que este reclama e de que ela dispõe. Finalmente, na
sua evolução, e como consequência daquelas feições, a exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo
e no espaço, dos recursos naturais do país.
(Prado Júnior. 2001, p. 123.)
Os estudos de Caio Prado Júnior formaram a base, por muito tempo, para o entendimento do período colonial brasileiro,
marcando presença em grande parte dos livros didáticos. Para ele:
✂️ a) Os problemas enfrentados pelo Brasil não se associam ao período colonial e, sim, aos períodos políticos posteriores. ✂️ b) O desenvolvimento da economia brasileira esteve vinculado desde os primórdios às necessidades do mercado externo. ✂️ c) As pequenas propriedades, o trabalho autônomo e a produção para subsistência conseguiram superar a importância das
grandes propriedades. ✂️ d) A falta de um mercado interno no Brasil colonial foi resolvida a partir do advento cafeicultor solidamente alicerçado e
organizado em fins daquele período.