A consciência nacional levou tempo para perceber a gravidade da questão suscitada pela delimitação
das fronteiras. Elas devem ser fixadas pela via do entendimento, das negociações e dos tratados,
do uti possidetis , sem pretensões territoriais, por mínimas que sejam, sem cessão, por outro lado,
de um palmo de território a que o país tem direito.
CERVO, A. L. O parlamento brasileiro e as relações exteriores (1826-1889) . Brasília: Editora UnB, 1981 (adaptado). Considerando o nexo entre fronteiras, soberania e relações internacionais do Brasil, assinale a opção correta.
a) A delimitação das fronteiras com os países vizinhos, em detrimento do reconhecimento internacional,
foi a prioridade da política exterior do Império durante a fase de formação do Estado brasileiro.
b) O princípio do uti possidetis – que garantia a posse do território que já estava sendo ocupado – e a
ideia de fronteiras naturais serviram de base para a diplomacia brasileira levar adiante as negociações
dos limites terrestres brasileiros.
c) Os navegantes envolvidos na descoberta e conexão do Brasil com o sistema mundial e
os bandeirantes, responsáveis pela penetração territorial, foram os principais agentes sociais na
formação da soberania brasileira.
d) O Império do Brasil (1822-1889) conseguiu,sem grandes atribulações, consolidar a soberania nacional,
em razão da herança portuguesa de unidade territorial, linguística e de interesses dos diversos grupos
que habitavam as diferentesregiões do país, da ausência de guerras com os vizinhos e de movimentos
emancipacionistas internos.
e) O parlamento brasileiro teve papel irrelevante na história das relações internacionais do Brasil,
apesar de ter sido local de debates sobre tratados de amizade e navegação, delimitação de fronteiras
e posicionamentos de intervenção ou neutralidade em conflitos regionais.