Há mais de 150 anos, o Canadá retirou crianças indígenas
de suas famílias e as forçou a frequentar internatos. Mais de
150.000 crianças no total, que tiveram seus cabelos cortados
e eram proibidas de falar as línguas indígenas. As famílias foram impedidas de visitá-las. A disciplina era inflexível e o abuso
era desenfreado. Em 2009, a Comissão da Verdade e Reconciliação do Canadá começou a coletar evidências sobre o que
aconteceu nesses colégios internos. Quando a comissão concluiu seu mandato em 2015, foi criado o Centro Nacional para
a Verdade e Reconciliação. Para garantir que as vozes das pessoas que passaram por internatos continuassem a ser ouvidas,
o Centro instituiu o Círculo de Sobreviventes, que se reúne
quatro vezes por ano.
(Tradução e adaptação de trecho de reportagem de Alanna Mitchell, Canadian Geographic ,
número especial “Povos Indígenas do Canadá”, 08 jan. 2018)
Segundo o texto, os internatos para crianças indígenas, a partir
do século XIX, foram uma política de Estado
a) democrática, que tinha por objetivo incorporar as crianças
indígenas à sociedade canadense.
b) autoritária, que acolhia crianças indígenas com o consentimento de suas famílias para formar cidadãos canadenses.
c) democrática, que tinha por objetivo valorizar a diversidade
sociocultural dos povos originários.
d) autoritária, que tinha por objetivo a invisibilização e o extermínio dos modos de vida dos povos originários.