Texto associado. No Brasil, como em outras partes, os escravos negociaram mais do que lutaram abertamente contra o sistema. Trata-se do heroísmo prosaico de cada dia. “Apesar das chicotadas, das dietas inadequadas, da saúde seriamente comprometida ou do esfacelamento da família pela venda, os escravos conseguiram viver seu dia a dia”, conforme analisou Sandra Graham. “Relativamente poucos, na verdade, assassinaram seus senhores, ou participaram de rebeliões, enquanto a maioria, por estratégia, criatividade ou sorte, ia vivendo da melhor forma possível”. Como verbalizaram os próprios escravos, no Sul dos Estados Unidos, “os brancos fazem como gostam; os pretos, como podem”. (REIS. 1989. p 14).
Os desdobramentos da história da escravidão nos Estados
Unidos produziram reflexos que se fazem sentir até os dias
atuais. Nesse contexto pode-se afirmar que
✂️ a) a colonização das Treze Colônias inglesas estabeleceu
uma escravidão amena e com uma relativa mobilidade
social, consequência da política de negligência salutar. ✂️ b) a consolidação de uma sociedade liberal, igualitária e
democrática, após a independência política, se concretizou
com a extensão do direito de cidadania a todo habitante
da ex-colônia. ✂️ c) a abolição da escravidão, estabelecida nos Estados
Unidos no contexto da Guerra de Secessão, objetivava,
dentre vários fatores, desorganizar a produção sulista e
derrotar definitivamente os confederados. ✂️ d) o movimento dos Panteras Negras buscava implantar uma
república negra socialista nos Estados Unidos, atacando,
principalmente, as ideias conciliadoras de Martin Luther
King. ✂️ e) a eleição para presidente de Barack Obama opôs a
supremacia branca, do partido republicano, e os negros,
base de apoio dos democratas, substituindo a disputa
ideológica pela étnica-racial e política no país.