Paciente feminina, 32 anos, gestante de 10 semanas, compareceu ao serviço de saúde
com febre baixa, linfadenopatia cervical e mialgia. O obstetra solicitou sorologia para
toxoplasmose e doença de Chagas devido à história de residência em área rural. Os
resultados dos testes de imunofluorescência (IFI) foram os seguintes: Toxoplasmose: IFI
IgG 1:1024 (positivo ≥1:16); IFI IgM negativo; Doença de Chagas: IFI IgG 1:80 (positivo
≥1:40); IFI IgM negativo. Com base nesses dados e nos conhecimentos sobre
imunofluorescência, assinale a alternativa correta:
a) A IFI para doença de Chagas é considerada padrão-ouro para diagnóstico na fase aguda, e o
resultado observado (IgG 1:80) confirma infecção recente, mesmo com IgM negativo.
b) Em gestantes, títulos elevados de IgG para toxoplasmose (≥1:1024) devem ser sempre
interpretados como infecção aguda, independentemente do resultado de IgM, devido à
imunossupressão relativa da gravidez.
c) A ausência de IgM para toxoplasmose sugere infecção crônica (prévia à gestação), e o título
elevado de IgG reflete imunidade adquirida, não requerendo intervenção terapêutica.
d) O título de IgG para doença de Chagas (1:80) está no limiar de positividade, sendo necessário
repetir o teste em 3 semanas para observar aumento de título, pois a IgM negativa descarta
infecção recente.
e) O resultado de IgG positivo para toxoplasmose com título elevado (1:1024) e IgM negativo
indica infecção aguda, exigindo tratamento imediato com espiramicina para prevenir transmissão
vertical.