Uma paciente feminina de 48 anos foi internada por pancreatite aguda apresentando necessidade de hidratação venosa, analgesia parenteral, hemodiálise e reposição de eletrólitos. Durante o sétimo dia de internação com catéter venoso central (CVC), houve febre (38,5 °C) com calafrio e evidência de purulência no óstio do CVC.
Foi proposta a coleta de 2 sets de hemocultura após a retirada do catéter venoso central e início de antibiótico, pois havia taquicardia, taquipneia e mudança comportamental. Houve melhora clínica logo no dia seguinte, após as medidas anteriores, com a retirada do CVC e introdução de esquema antibiótico para sepse por catéter venoso central. No 3º dia da coleta saiu o resultado de crescimento de Staphylococcus aureus em 2 frascos de hemocultura. O teste de sensibilidade demonstrou ser sensível à oxacilina.
Sobre o quadro descrito, é correto afirmar que:
✂️ a) coletas de hemocultura não serão mais necessárias, pois a recomendação é de 14 dias de antibiótico para infecção de corrente sanguínea (ICS) relacionada ao catéter por Staphylococcus aureus; ✂️ b) todos os pacientes com hemocultura por Staphylococcus aureus devem ter reavaliações diárias para possíveis focos de disseminação e devem também realizar um ecocardiograma transtorácico; ✂️ c) a análise dos germes em hemocultura deve mostrar se há ou não contaminação. Crescimento de Staphylococcus aureus em hemocultura sempre será indicativo de infecção; ✂️ d) a remoção do catéter foi feita de forma incorreta, podendo ser feito lock de antibiótico pelo catéter para salvar o dispositivo; ✂️ e) todo paciente com febre (temperatura axilar acima de 38,0 °C) deve ter pelo menos 1 set de hemoculturas colhidas.