As escolas regulares enfrentam dificuldades de comunicação entre os jovens e seus professores decorrentes do mesmo
tipo de inadequação. É comum observarmos situações escolares nas quais os professores buscam explicar alguns conteúdos aos alunos, de acordo e a partir de suas próprias perspectivas e entendimentos, e estes não compreenderem o que
ocorre, ou não terem nenhum de seus interesses despertados pela aula. Mais uma vez, o que percebemos é que os
critérios e modos de seleção e organização curricular não buscam dialogar nem com os saberes nem com os desejos e
expectativas dos jovens a que se destinam, permanecendo enclausurados nas certezas de uma “ciência” que, em nome
das suas supostas objetividade e neutralidade, abdica de se comunicar com o mundo das pessoas.
(Inês Barbosa de Oliveira, 2007.)
Assinale a afirmativa que está em conformidade com o exposto no texto.
✂️ a) A linguagem e a lógica que ocorrem na escola também dialogam com as dos alunos jovens, sejam eles oriundos de
classes desfavorecidas ou não. ✂️ b) A organização e a seleção de conteúdos não seguem em nenhum momento a complexidade do estar no mundo, da
vida cotidiana e das aprendizagens que nela ocorrem. ✂️ c) Na seleção dos conteúdos a constar dos programas de escolarização, a prioridade seria, então, a da abordagem de
conhecimentos relacionados, apenas, à vida social dos alunos. ✂️ d) A idade e as vivências social e cultural dos educandos não são ignoradas, mantendo-se, nestas propostas, a lógica
infantil dos currículos destinados às crianças que frequentam a escola regular. ✂️ e) Os problemas com a linguagem utilizada pelo professor e com a infantilização de pessoas que, se não puderam ir à
escola, tiveram e têm uma vida rica em aprendizagens que mereceriam maior atenção, são muitos.