Leia o trecho abaixo, escrito em 1978 por Roberto da Matta, em
“O ofício de etnólogo, ou como ter anthropological blues”:
“Por anthropological blues se quer cobrir e descobrir, de um
modo mais sistemático, os aspectos interpretativos do ofício do
etnólogo. Trata-se de incorporar no campo mesmo das rotinas
oficiais, já legitimadas como parte do treinamento do
antropólogo, aqueles aspectos extraordinários ou carismáticos,
sempre prontos a emergir em todo relacionamento humano. De
fato, só se tem antropologia social quando se tem de algum
modo o exótico, e o exótico depende invariavelmente da
distância social, e a distância social tem como componente a
marginalidade (relativa ou absoluta), e a marginalidade se
alimenta de um sentimento de segregação e a segregação implica
estar só e tudo desemboca ̶ para comutar rapidamente essa
longa cadeia ̶ na liminaridade e no estranhamento.”
Nesse texto, Roberto da Matta faz referência ao princípio de:
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