Conhecimento sensível e perpétua transformação ativa,
quando não do próprio mundo, em todo caso do nosso
olhar e do nosso pensamento. Este é todo o desafio de
uma abordagem filosófica que recusa separar, de
maneira cortante, o mundo sensível de um lado —
considerado na tradição platônica, ainda bastante viva
nos dias de hoje, como ilegítimo, marcado pela ilusão e
pelo desconhecimento — e, do outro, o mundo
inteligível. Eis porque, em toda simplicidade aristotélica,
pude começar Images malgré tout com a proposição
"Para saber é preciso imaginar".
DIDI-HUBERMAN, G. Cascas. Trad. Andre Telles. São Paulo: Editora
34, 2017. p. 96.
Sobre a relação entre estética e formação da
sensibilidade cultural no processo educacional, pode-se
afirmar que:
✂️ a) A estética tem papel meramente decorativo na
formação educacional, servindo apenas como
instrumento de recreação simbólica dos conteúdos
escolares. ✂️ b) A valorização da estética na escola deve estar
subordinada à racionalidade científica, sendo
admissível apenas quando contribui diretamente para
a eficiência do ensino. ✂️ c) A experiência estética, ao envolver a fruição sensível
e simbólica do mundo, constitui uma dimensão
formativa que transcende o utilitarismo pedagógico,
estimulando a criatividade, a pluralidade expressiva e
a abertura ao outro. ✂️ d) O ensino da estética deve restringir-se à análise de
obras consagradas, promovendo um gosto universal
que unifique a sensibilidade dos estudantes em torno
do cânone artístico. ✂️ e) A sensibilidade estética é uma construção
exclusivamente subjetiva, sem relevância objetiva no
processo educacional, pois carece de critérios
avaliativos comuns.