"A modernidade não separa razão e economia, mas as
entrelaça de modo a legitimar o controle técnico sobre a
natureza e sobre os próprios sujeitos, fazendo da
dominação um projeto racionalizado" (CHAUÍ, Marilena.
Convite à Filosofia, p. 342).
✂️ a) A racionalização econômica da vida social, conforme
propunha o pensamento iluminista, promove um
progresso linear da humanidade, permitindo que a
técnica se configure como mediação natural da
liberdade e do bem-estar coletivo. ✂️ b) O entrelaçamento entre técnica e economia fortalece
os princípios democráticos da modernidade, pois
desloca o poder do campo político para o domínio da
gestão racional, assegurando a estabilidade das
instituições sociais. ✂️ c) A tradição filosófica crítica, ao refletir sobre os efeitos
sociais da razão instrumental, identifica na
submissão da ética à lógica do capital uma alienação
estrutural que compromete os sentidos da
autonomia, da liberdade e da justiça nas práticas
humanas contemporâneas. ✂️ d) A filosofia política moderna legitima a supremacia da
razão econômica ao defender que a desigualdade
social resulta da incompetência moral dos sujeitos
em se adaptar aos imperativos de produção e
mercado. ✂️ e) A crítica à razão instrumental não encontra
sustentação filosófica consistente, uma vez que a
história moderna demonstra que o avanço técnico e
econômico é condição suficiente para a realização
plena dos ideais éticos e culturais da humanidade.