“Em comparação com Portugal, a evolução do pensamento filosófico no Brasil Colônia se fez de maneira
bastante lenta na sua fase inicial, e de maneira muito mais rápida e radical na sua fase final. Isso foi assim
porque na Colônia as novidades chegavam muito depois de terem sido conhecidas ou implantadas na
Metrópole, e, além disso, a resistência à divulgação ou implantação delas por parte da administração
lusitana era maior no Brasil do que em Portugal. As coisas melhoraram um pouco durante o Ciclo do Ouro,
no século XVIII, quando surgiu na região das Minas Gerais uma sociedade mais arejada do que a do engenho
de açúcar no Nordeste. Mas os avanços filosóficos introduzidos foram muito modestos e acabaram sendo
contrabalançados não só pela crise educacional resultante da expulsão dos jesuítas em 1759, mas também
pela fracassada reforma pedagógica que aqui se tentou implantar depois disso. Essa situação de atraso foi
subitamente rompida – e de maneira absolutamente radical – pela transferência da Corte ao Brasil”. (MARGUTTI, P. História da Filosofia do Brasil. O período colonial (1500-1822). São Paulo: Loyola, 2013, p. 355) Considerando o texto acima e as características da filosofia brasileira no período colonial apontadas por
Paulo Margutti, assinale a afirmativa INCORRETA.
✂️ a) A filosofia brasileira no período colonial apresenta uma estrita filiação à filosofia portuguesa, revelando
uma reflexão sem características próprias. ✂️ b) As visões de mundo dos indígenas e dos africanos devem ser examinadas no desenvolvimento da
história da filosofia do Brasil. ✂️ c) O catolicismo barroco é marcado por uma visão de mundo cético-estoico-soteriológica. ✂️ d) Os problemas que preocuparam os pensadores brasileiros se encaixam no processo ideológico de
implantação da matriz colonial de poder. ✂️ e) Os textos não acadêmicos constituem uma fonte importante para analisar a filosofia do período
colonial.