Saudades do Natal
O Valério, a par com a Doninha, recordava-lhe: — ...A noite ‘tava uma prata, de crara. Nós fumos juntos, c’a sua mãe, naquela
igrejica do arraial, onde paravam umas freiras, entremos e ajoelhemos. Eu olhava p’r’o presépio e p’ra você, e — Deus que me
perdoe! — não achava Nossa Senhora mais fermosa que você. Rezei, pois não rezei? [...] E a noite ‘tava uma prata, de crara.
Você não se alembra?
SILVEIRA, V. Os caboclos. Rio de Janeiro: EdUERJ; Caetés, 2020.
Uma professora do 6º ano do Ensino Fundamental, de uma escola da zona rural, observou que os estudantes produziam
oralmente e, por vezes, também por escrito, formas linguísticas que exemplificam o fenômeno do rotacismo. Para desmistificar
preconceitos linguísticos associados a essas variações, ela utilizou o conto Saudades do Natal, o qual apresenta uma forma
semelhante às produzidas pelos estudantes (“crara”, em vez de “clara”), como recurso de reflexão.
Considerando essa situação e observando a similaridade entre a fala de Valério e a dos estudantes, qual alternativa representa
a abordagem pedagógica adequada para atingir o objetivo da professora?
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