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Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em:

Responda: Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em:


1Q146843 | Português, Analista Judiciário Contabilidade, TRT 20a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem–se ao texto

seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o

monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com

o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque

português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam

vogais nem chiavam nas consoantes – essas modas surgiram

no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito

"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na

verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos

empoeirados para os portugueses.

Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje

e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas

é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número

imenso de negros que não falavam português. "Já no século

XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa

Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.

"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",

afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas

torna–se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os

negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.

Também no século XVI, começaram a surgir diferenças

regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas

costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os

escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes

indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as

imigrações, que geraram diferentes sotaques.

Mas o grande momento de constituição de uma língua

"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em

Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",

diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.

A riqueza atraiu gente de toda parte – portugueses,

bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de

cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar–se e a

exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas

comerciais que a exploração do ouro criou.

(Super Interessante. Almanaque de férias 2003 . São

Paulo, Abril, 2003, pp. 50–51)

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💬 Comentários

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David Castilho
Por David Castilho em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: a)
A crase é o fenômeno gramatical que ocorre quando há a fusão da preposição 'a' com o artigo definido feminino 'a(s)' ou com o 'a' inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Na alternativa (a), o uso da crase em 'à nenhuma teoria lingüística' é incorreto porque não se usa crase antes de palavras no plural ou antes de artigo indefinido como 'uma'.

As demais alternativas empregam corretamente a crase:
- Em (b), 'à lingua de Cabral' e 'àquela época' estão corretas, pois há a preposição 'a' mais o artigo definido feminino 'a' e o pronome demonstrativo 'aquela', respectivamente.
- Em (c), 'à primeira vista' é um uso correto da crase, combinando a preposição 'a' com o artigo definido feminino 'a'.
- Em (d), 'às sistematizações' também está correto, pois combina a preposição 'a' com o artigo definido feminino no plural 'as'.
- Em (e), 'a uma considerável distância' está correto por não haver crase, dado que 'uma' é um artigo indefinido.
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