Vinte anos de reestruturação das grandes fábricas levaram a um estranho paradoxo. Com efeito, é contemporaneamente, sobre a derrota do operário fordista e sobre o reconhecimento da centralidade de um trabalho vivo sempre mais intelectualizado, que se constituíram as variantes do modelo pós-fordista. Na grande empresa reestruturada, o trabalho do operário é um trabalho que implica sempre mais, em diversos níveis, capacidade de escolher entre diversas alternativas e, portanto, a responsabilidade de certas decisões. (Lazzarato, Mauricio & Negri, Antonio. Trabalho imaterial formas de vida e produção de subjetividade, Rio de Janeiro: DP&A, 2001, p. 25). Baseado nos pressupostos teóricos, assinale a opção incorreta.
✂️ a) Na sociedade pós-fordista, o trabalho se transforma integralmente em trabalho imaterial e a força de trabalho em "intelectualidade de massa". ✂️ b) O novo management prescreve que a alma do operário deve descer na ofi cina e que sua personalidade e subjetividade devem ser organizadas e comandadas. ✂️ c) A subjetividade produtiva pós-industrial tem como pressupostos e como origens históricas a "luta contra o trabalho" do operário fordista. ✂️ d) O ciclo do trabalho imaterial é pré-constituído por uma força de trabalho social e autônoma, capaz de organizar o próprio trabalho e as próprias relações com a empresa. ✂️ e) O trabalho operário, como atividade abstrata ligada à subjetividade, pertence somente aos operários mais qualifi cados.