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Todas as palavras homófonas e parônimas foram empregadas corretamente. Assinale a alter...

Responda: Todas as palavras homófonas e parônimas foram empregadas corretamente. Assinale a alternativa em que houve troca:


1Q29801 | Português, Técnico em Informática, CODEVASF, CONSULPLAN

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Alguém paga

Trinta anos após a Declaração de Alma-Ata, aprovada na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, cuja meta era levar “Saúde para Todos no Ano 2000”, um terço da população mundial continua sem acesso a serviços básicos de saúde. Em todo o mundo, centenas de milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos, água potável, moradia, saneamento básico e educação.
A situação persiste e desafia a liderança e a capacidade de ação de autoridades e especialistas porque lida com uma complexa conjunção de fatores políticos, sociais, econômicos e científico-tecnológicos. Problemas globais demandam soluções globais. Nesta categoria está a ampliação do acesso das populações aos medicamentos.
E o ponto central quando se aborda a questão da oferta de medicamentos a “preços acessíveis” são as fontes de financiamento para a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) de substâncias para o tratamento de doenças de larga incidência em países pobres e ricos.
Pois os custos envolvidos nas diversas etapas de P&D de um medicamento são estimados em centenas de milhões de dólares. E o dinheiro precisa vir de algum lugar: Poder Público (isto é, a população), empresas (acionistas e investidores), etc.
Recentemente, um laboratório público anunciou a venda de um novo medicamento a “preço de custo”. Na verdade, a pesquisa do produto foi paga por um consórcio de países e organizações não-governamentais. O tal preço de custo referia-se apenas aos gastos de fabricação. Se o medicamento tivesse de ser desenvolvido integralmente – da pesquisa básica à última fase da pesquisa clínica –, seu preço seria muito maior.
Para o economista Jeffrey Sachs, assessor especial do secretário-geral da ONU para as Metas de Desenvolvimento do Milênio, doenças como a malária poderiam ser superadas por meio de investimentos coordenados mundialmente. Ele reconhece, no entanto, que faltam fundos globais para que este objetivo seja alcançado.
Enquanto a comunidade internacional não chega a um consenso sobre um grande pacto que defina fontes de financiamento, a indústria farmacêutica realiza os elevados investimentos necessários ao desenvolvimento de moléculas inovadoras, que serão mais tarde recuperados no preço de venda desses produtos.
Sem a decisiva contribuição da indústria, a mobilização para o controle da epidemia de Aids não teria tido o sucesso que alcançou, no bojo de um processo que levou à criação de 88 medicamentos e atualmente financia o teste de 92 novas substâncias.
Em 2006, a indústria farmacêutica mundial investiu mais de US$ 75 bilhões na pesquisa de moléculas para o tratamento de milhares de doenças, como tuberculose (19 substâncias), malária (20), doenças materno-infantis (219), doenças predominantes entre as mulheres (mais de 700), etc.
Para além da retórica e de projetos ainda incipientes, o fato é que os principais avanços das últimas décadas na síntese de medicamentos resultaram da iniciativa da indústria farmacêutica e não de governos, organismos internacionais ou ONGs.

(Ciro Mortella, O Globo, 25/08/2008)
Todas as palavras homófonas e parônimas foram empregadas corretamente. Assinale a alternativa em que houve troca:
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💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
David Castilho
Por David Castilho em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: d) Nesta questão, o objetivo é identificar a alternativa em que houve troca incorreta de palavras homófonas ou parônimas.

Na alternativa d), temos as palavras 'descriminação' e 'discriminação'. A palavra correta para indicar a ação de combater ou eliminar algo é 'descriminação', que significa a ação de descriminar, ou seja, retirar a criminalização de algo. Já 'discriminação' refere-se ao ato de tratar alguém de forma desigual ou injusta.

No enunciado, a frase 'Farei a descriminação dos remédios que têm preços acessíveis a toda população' está incorreta, pois o correto seria 'descriminação' no sentido de discriminar, ou seja, separar, listar. No entanto, o verbo correto para essa ação é 'descriminar' no sentido de retirar a criminalização, o que não faz sentido aqui. O correto seria 'descriminação' no sentido de discriminação, mas o termo mais adequado seria 'descriminação' no sentido de discriminar, que não existe. Portanto, há uma confusão.

Além disso, a frase 'Muitas pessoas lutam para a discriminação da droga' está incorreta, pois o correto seria 'descriminação da droga', no sentido de descriminalização, ou seja, retirar a criminalização da droga.

Nas outras alternativas, as palavras homófonas e parônimas estão empregadas corretamente:
- a) 'mandado' (ordem judicial) e 'mandato' (período de exercício de cargo político);
- b) 'ratificou' (confirmar) e 'retificou' (corrigir);
- c) 'incipiente' (incipiente, inicial) e 'insipientes' (sem sabedoria, ignorantes);
- e) 'cozer' (cozinhar) e 'coser' (costurar).

Portanto, a alternativa d) apresenta a troca incorreta das palavras, justificando o gabarito.
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