Estudos que examinam criticamente as ideias pedagógicas presentes na história da educação brasileira situam a formulação da pedagogia “crítico-social dos conteúdos” no contexto da redemocratização do país, nos anos 80 do século XX, caracterizando-a como uma tendência que
✂️ a) se inspira em Snyders, alinhando-se aos autores marxistas, defendendo uma escola alegre e de participação intensa dos estudantes, com currículo voltado aos conteúdos científicos que podem instrumentalizar crianças e jovens para criticarem a desigualdade social e para organizarem movimentos que combatam a exploração dos trabalhadores. ✂️ b) toma por base o materialismo histórico como filosofia e adota abordagem didático-pedagógica apoiada na psicologia da escola de Vigotski, que fundamenta métodos dialéticos de ensino e aprendizagem, os quais levam os alunos, com estímulos e apoios, a reconstruírem saberes de senso comum para chegarem ao conhecimento conceitual. ✂️ c) critica a ênfase nos conteúdos tradicionais das disciplinas do currículo, tanto da educação básica quanto do ensino superior, indicando critérios sociais, políticos e culturais para a composição curricular da educação nacional, na linha dos temas transversais, de acordo com sua relevância e urgência. ✂️ d) enfatiza conteúdos conceituais e procedimentais e adota, para sua aprendizagem, uma abordagem didático- pedagógica que parte dos conhecimentos prévios dos alunos, realizando experiências e reflexões e que trabalha os conteúdos atitudinais por meio de assembleias para debate de comportamentos conflitantes. ✂️ e) preconiza métodos que permitam estabelecer a relação conteúdos-realidades sociais, partindo do que o aluno sabe, levando-o a aprendizagens significativas e à superação de uma visão parcial e confusa pela elaboração de uma síntese clara que articula o político e o pedagógico e favorece colocar a educação a serviço da transformação social.