A Carta de Pero Vaz de Caminha
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações )
“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.”
É correto afirmar a partir das informações relatadas no trecho em destaque que:
✂️ a) Não há preocupação dos colonizadores com a possibilidade de haver riquezas na terra. ✂️ b) Os colonizadores puderam constatar que, definitivamente, não havia riquezas na terra descoberta que pudesse lhes interessar. ✂️ c) A expressão “até agora” indica haver esperança por parte dos colonizadores de que ainda pudessem encontrar as riquezas procuradas. ✂️ d) Os colonizadores esperavam encontrar riquezas rapidamente na nova terra, assim que lá chegassem. ✂️ e) Havia um sentimento pessimista por parte dos colonizadores em relação à nova terra.