Considere o texto abaixo.
Na verdade, seria incompreensível se a consciência de minha presença no mundo não significasse já a impossibilidade de minha ausência na construção da própria presença. Como presença consciente no mundo não posso escapar à responsabilidade ética no meu mover-me no mundo. Se sou puro produto da determinação genética ou cultural ou de classe, sou irresponsável pelo que faço no mover-me no mundo e se careço de responsabilidade não posso falar em ética. Isto não significa negar os condicionamentos genéticos, culturais, sociais a que estamos submetidos. O excerto acima, extraído de obra de Paulo Freire, oferece elementos para considerarmos os processos de educação escolar e não escolar dos indivíduos.
A partir das formulações nele contida, os indivíduos
✂️ a) são seres condicionados mas não determinados, que o futuro é problemático mas não inexorável. ✂️ b) conquistam autonomia na sociedade moderna e altamente racionalizada pelo respeito a si mesmos e por assumirem uma responsabilidade ética. ✂️ c) ainda que condicionados, se tornam independentes, sem precisarem prestar contas a ninguém, se assumirem uma responsabilidade ética com o mundo da vida. ✂️ d) têm capacidade de outorgarem a si mesmos uma lei própria, de formar uma visão de mundo, se superarem as circunstâncias históricas que se encontram. ✂️ e) conquistam a emancipação quando vinculados a um projeto coletivo ou histórico e mediante a assunção da responsabilidade ética.