Nós, o rio e o tempo
Fico olhando, Maria, o nosso rio,
o Madeira da nossa Juventude.
Na enchente, em constante inquietude
vencendo a cada curva um desafio.
Para depois, no decorrer do estio,
com a ribanceira em sua plenitude
toda plantada pelo braço rude
de quem espera o fruto do plantio.
Mas o tempo, Maria, nos comprova
que a cada instante o rio se renova
e nós a cada instante envelhecemos.
Por certo ele será sempre criança
e o seu poente um canto de esperança
na saudade daquilo que vivemos.
(SILVA, Antônio Cândido da. www.acler.- com.br/?conteudo=artigosmostra&cod =318&autor=6 )
Apresentam significações opostas, no poema, os termos
✂️ a) rio e enchente , já que o primeiro equivale à calmaria e o segundo, à agitação. ✂️ b) plenitude e Juventude , já que o primeiro representa a tradição e o segundo, o progresso. ✂️ c) estio e ribanceira , já que o primeiro faz referência à escassez e o segundo, à fartura. ✂️ d) poente e saudade , já que o primeiro se refere ao futuro e o segundo, ao passado. ✂️ e) criança e canto , já que o primeiro remete à alegria e o segundo, à tristeza.