A Comissão de Psicologia e Educação, do XIV Plenário do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, entende que a Psicologia está presente no campo educacional de várias maneiras: “Ela circula, permeia diversos espaços legitimando determinadas práticas – modos de pensar e agir na profissão” (CRP, 2016, p. 7). A partir da publicação Conversações em Psicologia , marque a opção INCORRETA.
✂️ a) A queixa escolar é produzida, construída, não é natural. A sua produção começa fora da escola, já que esta não é uma ilha isolada, sem contato com qualquer outra parte de terra. Para que os(as) psicólogos(as) entendam a queixa escolar, é preciso que eles interroguem sobre a sua época e as subjetividades que aí se produzem e são produzidas. ✂️ b) Atualmente, há uma crescente tendência em atribuir somente a problemas subjetivos o que está também relacionado a dimensões políticas, econômicas e sociais. Sujeitos são diagnosticados como doentes para atender às necessidades produtivas e aos grupos que estão inseridos, sendo muitas vezes os produtores dos seus insucessos. ✂️ c) Existem práticas de aprisionamento em meio à produção de estigmas sobre os alunos. Ao circular pela escola, é comum ouvir que determinados alunos são incapazes ou preguiçosos ou desatentos, além de outros rótulos, na maioria das vezes combinados entre si. Está imposta ao aluno a possibilidade quase única de se fixar a tais categorias, como se não fossem plausíveis outros adjetivos. ✂️ d) No campo da psiquiatria, a postura crítica à medicalização sempre foi marginal. No entanto, nos últimos anos, vêm surgindo críticos dentro desse campo, a exemplo de Allen Frances. Para ele, o DSM-IV contribuiu voluntariamente para três falsas epidemias em psiquiatria, o excesso de diagnósticos de déficit de atenção, autismo e transtorno bipolar adulto. ✂️ e) Insiste-se na necessidade de se descontruir a psicologia enquanto uma ciência “do bem”, que vem colaborar para os processos de ensino-aprendizagem. É preciso deixar claro que profissionais de psicologia não estão na escola (ou pelo menos não deveriam estar) para continuarem colaborando com práticas excludentes.