Observe a seguinte passagem do diálogo
entre Sócrates e Glauco em A República :
“Sócrates — Não afirmamos ser impossível à
parte racional da alma ter opiniões contrárias,
ao mesmo tempo, sobre as mesmas coisas?
Glauco — Afirmamos, e com razão.
Sócrates — Portanto, a parte da alma que
formula uma opinião à margem da medida não
poderá ser a mesma que opina com medida.
Glauco — Com efeito, não.
Sócrates — Mas por certo que a parte que confia
na medida e no cálculo é a melhor parte da
alma.
Glauco — Sem dúvida.”
Platão. A República , 602d-603a. Trad. port. Maria
Helena da Rocha Pereira. – 9ª edição.
Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. Adaptado.
No contexto do diálogo acima, o trecho “ser
impossível à parte racional da alma ter opiniões
contrárias, ao mesmo tempo, sobre as mesmas
coisas” expressa
✂️ a) a tese psicológica da alma unitária. ✂️ b) a exigência ética de não mentir. ✂️ c) o princípio lógico da identidade. ✂️ d) a impossibilidade do discurso falso.