Um recém-nascido de 3 dias, nascido a termo, apresenta sinais de infecção neonatal
precoce e é iniciado em antibioticoterapia empírica com ampicilina e gentamicina. O
farmacêutico clínico é chamado para avaliar a adequação da terapêutica, especialmente no
que se refere à dose e ao intervalo de administração da gentamicina. Ao revisar os
parâmetros do neonato, observa-se: peso de 3,2 kg, diurese preservada, creatinina sérica
de 0,8 mg/dL e clearance renal compatível com a idade. Com base nas características
farmacocinéticas da gentamicina em neonatos, a conduta mais adequada é:
✂️ a) Aumentar a dose e reduzir o intervalo entre as administrações, uma vez que neonatos
possuem maior volume de distribuição e metabolismo acelerado. ✂️ b) Suspender a gentamicina e substituí-la por ceftriaxona, pois este antibiótico é mais seguro
para uso neonatal em infecções sistêmicas. ✂️ c) Reduzir a dose da gentamicina pela metade, independentemente do peso, devido ao alto risco
de ototoxicidade nos primeiros dias de vida. ✂️ d) Manter a dose usual por kg, mas aumentar o intervalo de administração, considerando a
imaturidade renal e o maior tempo de meia-vida da droga em neonatos. ✂️ e) Manter o mesmo esquema posológico utilizado em adultos, ajustando apenas pela superfície
corporal, pois a maturação renal já é completa ao nascimento.