Considere a descrição do paciente:
João, um homem de 65 anos, aposentado, procurou
atendimento fonoaudiológico devido a dificuldades na fala
que se desenvolveram gradualmente ao longo dos últimos
seis meses. Ele relatou que seus amigos e familiares estavam
tendo dificuldade em entender o que ele dizia, especialmente
ao final do dia ou após falar por longos períodos. João
também mencionou que sentia sua voz fraca e que às vezes
tinha dificuldade para articular palavras claramente.
Histórico Clínico:
Durante a entrevista inicial, João informou que não tinha
histórico de lesões na cabeça ou no pescoço. Ele negou o uso
de álcool e tabaco, mas relatou ter pressão alta e estar em
tratamento com medicamentos. João era fisicamente ativo,
praticando caminhadas diárias e participando de atividades
sociais regularmente.
Observação da Fala:
A fala de João era caracterizada por uma articulação
imprecisa, com distorções de sons consonantais e vogais.
A fala parecia lenta e esforçada, com pausas frequentes entre
as palavras. Havia uma evidente variabilidade na intensidade
vocal, com a voz frequentemente diminuindo no final das
frases.
Exame da Voz:
A voz de João era hipofônica e monótona, com pouca variação
em pitch e intensidade. Notou-se também uma qualidade
vocal áspera e soprosa.
Exame Motor Oral:
A avaliação da função motora dos músculos envolvidos na fala
revelou uma redução na força e coordenação dos lábios,
língua e palato mole. Os movimentos de João eram lentos e
apresentavam uma amplitude reduzida.
Testes Funcionais:
João teve dificuldade em realizar tarefas que exigiam
movimentos rápidos e repetitivos da língua e lábios, como
dizer "pa-ta-ka" rapidamente. A deglutição foi avaliada e não
apresentou sinais de disfagia evidente, embora João relatasse
ocasionalmente engasgar com líquidos.
Com base na avaliação detalhada, João pode ser
diagnosticado com:
a) disartria.
b) afasia.
c) disfonia espasmódica.
d) dislalia.
e) disfagia.