Um paciente de 34 anos procurou ambulatório para realização de
um check up médico. Negou quaisquer sintomas ou doenças
prévias. Ao exame, a pressão arterial era de 132 por 82 mmHg e a
frequência cardíaca, de 68 batimentos por minutos. Foi
observada uma irregularidade no ritmo cardíaco, sugerindo a
presença de aproximadamente 4 extrassístoles por minuto. O
restante do exame físico foi sem alterações. Foi solicitado
eletrocardiograma, em que foi evidenciada a presença de
algumas extrassístoles ventriculares. Essas alterações foram
confirmadas em Holter de 24 horas, em que foi observada uma
baixa incidência de extrassístoles ventriculares, sem arritmia
supraventricular. O paciente realizou, também, um
ecocardiograma, que estava dentro da normalidade, mas ficou
preocupado ao terem sido detectadas essas alterações no ritmo
cardíaco, apesar de estar assintomático.
A orientação mais adequada nesse caso é:
a) indicar uma avaliação especializada, visando à realização de
um estudo eletrofisiológico;
b) tranquilizar o paciente e sugerir que evite um consumo
elevado de estimulantes como cafeína;
c) solicitar ressonância magnética cardíaca para investigação de
causas para arritmia ventricular;
d) solicitar cintilografia miocárdica visando a afastar isquemia
miocárdica como causadora do quadro do paciente;
e) iniciar verapamil em dose plena e solicitar novo Holter de 24
horas após dois meses de tratamento com essa medicação.