Texto associado.
A miséria no Brasil não é algo ocasional, mas
resultado de um processo histórico que não resolveu questões
básicas. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos
90 do século XX, ela se agravou. Hoje, há amplo consenso
de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é
consequência da baixa produção de alimentos, mas da falta
de renda das famílias para adquirir os alimentos na
quantidade necessária e com a qualidade adequada.
A implantação de políticas estruturais para erradicar
a miséria requer muitos anos para gerar frutos consistentes.
Mas a fome não espera e segue matando a cada dia,
produzindo desagregação social e familiar, doenças,
desespero e violência crescentes. Para combater a fome, não
nos podemos limitar às doações, bolsas e caridade. É
possível erradicar a fome por meio de ações integradas que
aliviem as condições de miséria e que estejam articuladas
com uma política econômica que garanta a expansão do
Produto Interno Bruto de, pelo menos, 4% ao ano. Esse
objetivo pode ser conseguido em até uma geração. Os
instrumentos que colocaremos em ação permitirão promover
o desenvolvimento, gerar emprego e distribuir renda. O
combate à fome integra-se, assim, à concepção de novo tipo
de desenvolvimento econômico.
Internet: <www.historianet.com.br> (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.
O termo "a fome" (L.5) está entre vírgulas porque funciona, no trecho, como um vocativo.
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