Após o início de tratamento antirretroviral (TARV) há 1 mês, um
paciente com síndrome consumptiva, candidíase e diarreia
crônica foi internado por outras manifestações. O grupo de
residentes da clínica médica percebeu, durante os primeiros três
dias de internação, febre vespertina, linfadenomegalias cervicais
e axilares com fistulização e constipação intestinal com cólicas
abdominais. Os exames demonstraram anemia e VHS e PCR
elevados, bem como imagens reticulonodulares difusas e
bilaterais em ambos os hemitóraces. As tomografias reforçaram
os infiltrados reticulonodulares com linfadenomegalias
mediastinais com centro necrótico, além de linfadenomegalias
mesentéricas com espessamento de íleo distal. O paciente piorou
clinicamente, apresentando-se prostrado e com hipoxemia no 4º
dia de internação. A contagem de linfócitos CD4 no início do
tratamento era de 45 células/mm³ e a PPD (prova tuberculínica
anérgica) era 0 mm.
Diante do exposto, a conduta mais adequada é:
✂️ a) suspender a TARV até finalizar a investigação para infecções
intestinais relacionadas ao HIV; ✂️ b) proceder à biópsia de linfonodo por provável diagnóstico de
linfoma; ✂️ c) iniciar tratamento empírico para tuberculose e micobactérias
atípicas e prescrever procinéticos e laxativos; ✂️ d) realizar biópsia de linfonodo e coleta de escarro para análise
de baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e
cultura para micobactéria; suspender a TARV e avaliar início
de corticoide; ✂️ e) manter a TARV e acrescentar corticoide até o final da
investigação, devido a reação imune.