Um paciente, hoje com 73 anos, foi operado há onze anos por
AAA infrarrenal com instalação de endoprótese bifurcada mais
embolização de artéria ilíaca interna direita, que também se
encontrava muito dilatada. Sem complicações importantes,
houve uma certa demora para a cicatrização da ferida inguinal
direita, por onde foi introduzido o corpo principal da endoprótese
(embora não houvesse infecção) e claudicação glútea decorrente
da oclusão da hipogástrica, mas que cedeu após vários meses de
caminhada programada e fisioterapia.
O paciente foi acompanhado regularmente ao longo desse
período, e até o momento estava assintomático. Seus exames
agora mostram aneurismas das artérias ilíacas esquerdas
(comum = 1,3 cm; externa = 1,5 cm; interna = 1,9 cm). Confirmam
a adequação do tratamento antigo (sem migração, fratura,
endoleaks etc.), porém há progressão da doença.
Nesse quadro, deve-se optar por:
✂️ a) uma conduta expectante, dada a idade já mais avançada e os
novos riscos envolvidos, especialmente de isquemia pélvica; ✂️ b) um tratamento clínico com betabloqueador e anti-hipertensivo,
além de uma vigilância intensificada; ✂️ c) um tratamento endovascular com endopróteses excluindo os
sacos aneurismáticos e embolização da artéria ilíaca interna; ✂️ d) uma cirurgia aberta com endoaneurismorrafias e reimplante
da ilíaca interna, uma vez que a contralateral já fora
embolizada; ✂️ e) uma cirurgia aberta com ligadura dos trechos aneurismáticos,
ponte ílio-ilíaca e reimplante da ilíaca interna.