Hipertonias musculares mantidas, localizadas ou generalizadas,
ausência de febre ou febre baixa, hiperreflexia profunda e
contraturas paroxísticas que se manifestam à estimulação do
paciente (estímulos táteis, sonoros, luminosos ou alta
temperatura ambiente), são sintomas que, em geral, o paciente
pode apresentar mantendo-se consciente e lúcido.
Os sintomas iniciais costumam ser relacionados com a dificuldade
de abrir a boca e de deambular, devido à hipertonia muscular
correspondente. Com a progressão da doença, outros grupos
musculares são acometidos. Pode haver dificuldade de deglutição
(disfagia), rigidez de nuca, rigidez paravertebral, hipertonia da
musculatura torácica, de músculos abdominais e de membros
inferiores. As contraturas paroxísticas ou os espasmos acontecem
sob a forma de abalos tonicoclônicos, que variam em intensidade
e intervalos, de acordo com a gravidade do quadro. A hipertonia
torácica, a contração da glote e as crises espásticas podem
determinar insuficiência respiratória, causa frequente de morte
nesses enfermos. Nas formas mais graves, também pode ocorrer
hiperatividade do sistema autônomo simpático (disautonomia),
com taquicardia, sudorese profusa, hipertensão arterial, bexiga
neurogênica e febre. Tais manifestações agravam o prognóstico
da doença. Entretanto, devido às ações do Programa Nacional de
Imunizações, essa doença, felizmente, não é mais tão comum
como no passado.
A descrição acima se refere ao(à):
✂️ a) botulismo; ✂️ b) meningite bacteriana; ✂️ c) raiva; ✂️ d) doença de Creutzfeldt-Jakob; ✂️ e) tétano.