Um paciente do sexo masculino, de 72 anos, portador de
hipertensão arterial sistêmica, diabetes e ex-tabagista, com carga
tabágica de 30 anos-maço, procura atendimento médico com
queixa de dispneia aos moderados esforços e tosse seca. Negava
febre, emagrecimento, hemoptise ou dor torácica. Ao exame,
com bom estado geral. Ausculta respiratória sem ruídos
adventícios. Ausência de baqueteamento digital. Relatou na
história clínica que trabalhou durante 20 anos em marmoraria
com corte e polimento de pedras artificiais e granito. Não usava
equipamento de proteção individual. Durante avaliação prévia
em unidade de pronto atendimento, solicitaram tomografia
computadorizada de tórax. O exame radiológico evidenciou
infiltrado intersticial nodular bilateral, simétrico e predominando
nos lobos superiores, além de enfisema centrolobular. Em janela
de mediastino, foram observados diversos linfonodos
mediastinais calcificados, alguns com aspecto de calcificação em
“casca de ovo”. Não foi observado derrame pleural, massa ou
linfonodomegalias.
Considerando-se a história laboral associada aos achados clínicos
e radiológicos, a suspeita diagnóstica seria de:
✂️ a) asbestose, pois apresenta história ocupacional de exposição
aos cristais de sílica, além de tosse e dispneia e achados
tomográficos compatíveis com essa doença; ✂️ b) asma ocupacional, pois cursa com dispneia e tosse além de
infiltrado intersticial nodular; ✂️ c) silicose, pois o paciente apresenta história de exposição
ocupacional à sílica e achados compatíveis com a doença; ✂️ d) beriliose, pois apresenta história ocupacional de exposição
aos cristais de sílica, além da presença de tosse e dispneia
associadas aos achados radiológicos de infiltrado intersticial
nodular típica da doença; ✂️ e) atelectasia redonda, pois apresenta história ocupacional de
exposição aos cristais de sílica, além de infiltrado intersticial
nodular bilateral típico.