Joana, uma psicóloga forense, foi designada para entrevistar Ana, uma criança de 9 anos, envolvida em um
processo de disputa de guarda entre seus pais. No caso,
o pai alega que a mãe influencia negativamente a filha
contra ele, enquanto a mãe afirma que o pai tem comportamentos agressivos. Durante a entrevista, Joana percebe que Ana demonstra sinais de desconforto ao abordar
questões familiares, mas, ao mesmo tempo, apresenta
descrições espontâneas de situações vividas com os
pais. Joana precisa conduzir a entrevista de forma ética,
respeitando os direitos e o bem-estar de Ana, além de minimizar possíveis influências externas sobre as respostas
da criança. Na visão de Cattani (mencionada em Hutz e
colaboradores, 2020), uma prática ética e técnica adequada à situação seria
✂️ a) seguir um roteiro de perguntas previamente estabelecido, para garantir que as informações coletadas
estejam completas e sejam objetivas. ✂️ b) evitar técnicas projetivas ou interações exploratórias,
concentrando-se na obtenção de dados factuais que
subsidiem as decisões a serem tomadas. ✂️ c) explicar para Ana o motivo de ela estar ali, supondo
que, pela idade, ela tem desenvolvimento cognitivo
suficiente para entender a situação. ✂️ d) apontar para Ana que ela deve dizer com qual dos
pais ela prefere morar e os motivos para sua escolha, assegurando-lhe que sua opinião será decisiva
para a definição do processo. ✂️ e) explorar diretamente se Ana considera algum dos
pais culpado pelos conflitos familiares, para obter informações claras e objetivas sobre a dinâmica entre
os genitores.